quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Sobre a greve da TAP


Estava aqui a ver as notícias sobre a paralisação da TAP e a pensar que, apesar de todos os trabalhadores terem o direito à greve (e independentemente de estarem cobertos de razão ou não), é inadmissível fazer-se uma coisa desta amplitude numa altura como a do Natal.

Prejudicar milhares e milhares de pessoas que não têm rigorosamente nada a ver com a privatização da companhia numa altura em que dependem dela para reverem as suas famílias é uma coisa que pura e simplesmente não se faz. Ainda por cima numa conjuntura como esta, em que (ainda mais) milhares de portugueses foram obrigados a sair do país em busca de uma vida melhor. Portugueses esses que, em grande parte dos casos, trabalham o ano todo de sol a sol para conseguirem vir passar o Natal a casa.

E o pior é que os efeitos desta medida não se ficam "apenas" pelo seu (devastador) impacto social: existe também o igualmente avassalador impacto económico. Para a TAP, uma empresa já de si fragilizada e que não se pode dar ao luxo de perder pequenas fortunas (estima-se que cada dia de greve corresponda a um prejuízo de oito milhões de euros); e para o país em geral e para o turismo em particular, sector do qual - bem ou mal - dependemos cada vez mais. E que constitui o ganha-pão de muitas famílias.

Por tudo isto, chamem-me o que quiserem, mas digo e repito: não há direito.

5 comentários:

Juanna disse...

E eu concordo contigo. Entendo a greve mas não nesta altura.

FME disse...

De facto roça o desumano... Enfim.

CAP CRÉUS disse...

Estou como a Juanna.
Se bem que nesta altura, é mesmo para fazer pressão.

Ana Antunes disse...

Absolutamente! não há direito para uma coisa destas nesta altura!...

Cláudia disse...

Tb entendo, mas nesta altura... felizmente o meu voo para Lisboa é antes das datas anunciadas.