Estava aqui a ver as notícias sobre a paralisação da TAP e a pensar que, apesar de todos os trabalhadores terem o direito à greve (e independentemente de estarem cobertos de razão ou não), é inadmissível fazer-se uma coisa desta amplitude numa altura como a do Natal.
Prejudicar milhares e milhares de pessoas que não têm rigorosamente nada a ver com a privatização da companhia numa altura em que dependem dela para reverem as suas famílias é uma coisa que pura e simplesmente não se faz. Ainda por cima numa conjuntura como esta, em que (ainda mais) milhares de portugueses foram obrigados a sair do país em busca de uma vida melhor. Portugueses esses que, em grande parte dos casos, trabalham o ano todo de sol a sol para conseguirem vir passar o Natal a casa.
E o pior é que os efeitos desta medida não se ficam "apenas" pelo seu (devastador) impacto social: existe também o igualmente avassalador impacto económico. Para a TAP, uma empresa já de si fragilizada e que não se pode dar ao luxo de perder pequenas fortunas (estima-se que cada dia de greve corresponda a um prejuízo de oito milhões de euros); e para o país em geral e para o turismo em particular, sector do qual - bem ou mal - dependemos cada vez mais. E que constitui o ganha-pão de muitas famílias.
Por tudo isto, chamem-me o que quiserem, mas digo e repito: não há direito.
5 comentários:
E eu concordo contigo. Entendo a greve mas não nesta altura.
De facto roça o desumano... Enfim.
Estou como a Juanna.
Se bem que nesta altura, é mesmo para fazer pressão.
Absolutamente! não há direito para uma coisa destas nesta altura!...
Tb entendo, mas nesta altura... felizmente o meu voo para Lisboa é antes das datas anunciadas.
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