No outro dia estava a ler um artigo sobre o fenómeno FOMO (Fear of Missing Out, uma forma de ansiedade social consubstanciada no medo de perder qualquer tipo de interacção nas redes sociais) e a forma como esta compulsão está a mudar a maneira como vivemos. Porque hoje em dia, quase nada é verdadeiramente "real" se não for mostrado e aprovado pelos outros. O que significa que as pessoas estão a perder a capacidade de viver a vida como ela deve ser vivida (em privado, com quem interessa verdadeiramente) para vivê-la em função daquilo que os outros poderão pensar. O que é "só" o maior obstáculo à felicidade de TODOS os obstáculos à felicidade.
De uma forma geral, todos conhecemos pessoas que passam a vida no Facebook, por exemplo. E que, para além de lá exporem a sua vida TODA, também têm que fazer "like" em tudo. E comentar tudo o que vêem, quanto mais não seja com um vazio "lol". E isso para quê?!, perguntam vocês (espero eu). Para mostrarem que estão vivas e, consequentemente, impedir que os outros se esqueçam delas, responde o artigo. Assustador, não é verdade?
Tudo isto para chegar ao vídeo abaixo, que mostra aquilo que todos já sabemos: que as redes sociais acabam por reflectir o lado melhor (por vezes falso) da vida das pessoas, ocultando o menos bom. E que não vale a pena viver em função da aprovação de uma comunidade que tem tanto de virtual como de irreal. E que mais vale vivermos a vida como se não existissem redes sociais.
Porque, no final de contas, a vida são dois dias. E um não é para postar.