quarta-feira, 30 de abril de 2008

O Susto de Uma Vida

Sempre que uma ambulância passa por mim, tenho o hábito de rezar em silêncio por quem lá vai dentro. Quando, no passado Domingo, era o meu filho que ia na ambulância, dei por mim a rezar para que todas as pessoas fizessem o mesmo.

Obrigada a quem o fez e a quem nos apoiou naqueles que foram os piores momentos das nossas vidas. Felizmente, Baby V. já está bem e tudo não passou de um grande (enorme) susto.

Mais uma vez se comprova que ter filhos é, de facto, ter o coração fora do corpo...

P.S.: Um agradecimento muito especial à Vespinha, que parece estar sempre no lugar certo à hora certa, como os anjos da guarda. E já agora ao M., pela companhia, apoio e babysitting. Gostamos muito de vocês.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

In Love Actually



E já que estamos numa de filmes em geral e de comédias românticas em particular, aqui fica a declaração de amor mais bonita que já vi no cinema...

terça-feira, 22 de abril de 2008

Music and Lyrics



Light mas divertido, vale a pena ver, quanto mais não seja pelo vídeo inicial - uma paródia aos telediscos dos anos 80, ao bom estilo dos Wham! e afins.

Imperdível, Hugh Grant no papel de uma rock star decadente.

domingo, 20 de abril de 2008

(Mais) Dois Comunicados da Maior Importância

Estando a minha decisão de adoptar uma alimentação saudável mais ou menos bem encaminhada (tem dias e é melhor não falar do de ontem e dos dois pacotes de M&M's que engoli à velocidade da luz), venho anunciar mais duas, que visam actividades que tenho deixado esmorecer de há três anos para cá, na sequência de dois pequenos grandes motivos que dão pelos nomes de Baby C. e Baby V.

A partir de agora, vou voltar a ler mais livros e a ver mais filmes. Para a primeira resolução, não posso deixar de agradecer ao Grupo LeYa e a uma iniciativa que me vai "obrigar" a ler mais e depressa; para a segunda, ainda bem que existe uma coisa chamada Blockbuster.

A assinalar estas duas estreias, vi (finalmente) os filmes Babel e Diário de Um Escândalo e já vou a meio da Casa Quieta, de Rodrigo Guedes de Carvalho.

Os filmes, não podia recomendá-los mais: Babel, pelo realismo, actualidade e quase brutalidade com que materializa as - gigantescas - diferenças entre culturas e o famoso butterfly effect; Notes on A Scandal, pela interpretação fabulosa das minhas duas actrizes preferidas (Cate Blanchett e Judi Dench) e por um retrato cru mas verdadeiro daquilo a que podem chegar a solidão e a amargura.

O livro, ainda preciso de mais tempo, embora esteja a achá-lo algo cansativo e demasiado colado ao estilo de Lobo Antunes...

Fica em stand-by a eternamente adiada resolução de fazer exercício físico. Sendo que a palavra-chave aqui é mesmo a palavra eternamente...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Genialidade vs. Loucura

Em Berlim, tive a oportunidade de conhecer uma das pessoas mais excêntricas de que tenho memória. Chama-se Sissel Tolaas, é de origem norueguesa e basta olhar para ela para percebermos que não estamos perante uma mulher normal.

Formada em Química e em Arte, começou a interessar-se pelo mundo dos cheiros no final dos anos 80, altura em que começou a indagar-se sobre a razão pela qual o nariz é preterido em prol das mensagens recepcionadas através dos olhos ou dos ouvidos.

Chegou rapidamente à conclusão de que as nossas capacidades olfactivas têm vindo a ser relegadas, que não existem cheiros bons nem maus e que a obsessão das pessoas em camuflarem os seus próprios cheiros acabou por prejudicar a comunicação natural (animal?) entre elas.

Passou anos a constituir uma "biblioteca" que hoje conta com mais de 7.000 cheiros, todos eles reproduzidos através da tecnologia headspace e que se referem a tudo o que se pode imaginar, desde peixe ressequido a bananas podres.

Passou meses em diferentes cidades do mundo, a tentar captar as respectivas "essências" (para o que vasculhou ruas, caixotes do lixo, sarjetas e afins), pendurou-as em sacos iguais aos das transferências de sangue e ligou-os a um software especial, que os fazia pingar para um tecido especial, desenvolvido pela NASA, sempre que se falava dessa cidade nas notícias. Passado algum tempo, o dito tecido encerraria em si "o cheiro do mundo".

Passou mais de um ano a ganhar a confiança de nove agorafóbicos para depois captar o seu suor (em situações de medo extremo), enviá-lo por UPS para o seu laboratório em Berlim e assim reproduzir "o cheiro do medo".

Passou mais de duas horas a relatar a sua história mas, apesar de trabalhar para o M.I.T. (Massachusetts Institute of Technology), dar aulas em Harvard e colaborar com as maiores e melhores empresas do mundo (os Serviços Secretos norte-americanos quiseram contratá-la para identificar terroristas através do cheiro), não consegui deixar de considerá-la completamente louca. E de pensar que a loucura é, definitivamente, essencial à genialidade.

Já o contrário, não é necessariamente verdade. Veja-se o meu caso.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

There's No Place Like Home

Talvez por ter ido a trabalho e numa altura do ano pouco favorável, a verdade é que (ao contrário da maior parte das pessoas) não fiquei apaixonada por Berlim.

Com uma agenda preenchidíssima e uma única tarde livre, acabei por não conseguir ver praticamente nada para além do hotel e dos (excelentes) restaurantes onde tive a oportunidade de jantar.

Tive pena de não ter conhecido a cidade a pé, como gosto de fazer. De não ter entrado nas inúmeras galerias, museus, teatros e salas de ópera que fazem da (novamente) capital alemã uma das maiores metrópoles culturais do mundo. De não ter sentido com as minhas mãos aquilo que resta do Muro. De não me ter sentado na margem do rio Spree. De não ter passeado pelos inúmeros parques, bosques e lagos que compõem um terço da sua área. Em poucas palavras, de não ter vivido a cidade, como ela - assim como todas as outras - merece.

Reduzida a um passeio de três horas num autocarro turístico com duas únicas paragens (Checkpoint Charlie e Porta de Bradenburg), numa tarde fria e demasiado chuvosa para ser verdade, o resultado foi uma percepção triste e insuficiente da cidade. Achei-a cosmopolita e grandiosa - mas também fria e pouco acolhedora. À excepção dos funcionários do hotel e de uma ou outra pessoa, achei os berlinenses igualmente distantes e pouco calorosos.

Na viagem de volta, dei por mim a pensar que prefiro mil vezes a genuidade das Ramblas da minha Barcelona ao sucedâneo dos Champs Elysées que é a Kurfürstendamm. E a simpatia (muitas vezes artificial, decerto) com que se recebe na minha Nova Iorque à frieza dos alemães. E, sobretudo, a "alma" de todos os que habitam a minha Lisboa à aparente falta dela dos que habitam Berlim.

Mas se calhar a culpa foi mesmo do tempo. Ou da falta dele.

Ou talvez não.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Landed

De regresso mas cheia de coisas para fazer, deixo o relato da viagem a Berlim para outro dia...

sábado, 5 de abril de 2008

So Long, Farewell


Após uma semana de loucos - e quando dava tudo para poder descansar e respirar fundo - segue-se outra ainda pior, desta feita em Berlim. Volto lá para o final da semana.

Auf wiedersehen.

quarta-feira, 2 de abril de 2008