Scoop ****: O último filme de Woody Allen é leve e despretencioso, muito na linha do seu antecessor, Match Point. Também é passado em Londres (a nova Manhattan do realizador) e conta pela segunda vez consecutiva com o protagonismo da sua mais recente musa, Scarlett Johansson.
A história é engraçada, embora pouco ou nada surpreendente, a participação de Woody Allen divertida (como sempre) e a hora e meia que dura o filme passa sem que se dê por ela. A ver.
Juno *****: Adorei. O argumento simples mas genial de Diablo Cody, a interpretação arrebatadora da jovem mas incrivelmente madura Ellen Page, a personagem divertida, incisiva e desconcertante que é Juno e todo o estilo comédia-negra-mas-não-tanto que marca o filme.
A não perder, incluindo a (fantástica) banda sonora.
Klimt **: Se calhar foi a minha expectativa em relação a este filme, que era enorme (Klimt é um dos meu pintores preferidos), mas a verdade é que não gostei nada. Não que estivesse à espera de uma biografia "direitinha", do estilo nascimento-até-ao-último-suspiro, até porque já sabia que esse não era o registo de Raoúl Ruiz. Mas também não esperava um delírio semi-psicadélico a roçar o inconsequente.
Para além de se centrar numa altura da vida de Klimt muito específica (e que, na minha modesta opinião, não foi tão relevante como isso), pouco ou nada adianta acerca da obra e da personalidade do pintor, a não ser que ele tinha filhos um pouco por todo o lado, uma obsessão por mulheres nuas (e por uma mulher em especial, Lea de Castro) e que morreu num sanatório. Nada de novo, portanto.
Desta feita, a hora e meia passou devagar e, no final, fiquei na mesma relativamente ao Hope II por que me apaixonei no MoMA de Nova Iorque e que motivou a compra da reprodução que todos os dias me observa a partir da parede da sala.