Se há palavra que descreve o meu estado de espírito neste momento é ORGULHO. Também sinto muita tristeza, é claro, que queria e muito que a selecção fosse à final, mas a verdade é que o orgulho se lhe sobrepõe claramente. Porque jogámos muitíssimo bem, porque demos tudo por tudo e (sobretudo) porque lutámos mesmo até ao fim.
Mal o jogo acabou constatei que a maioria dos portugueses pensa como eu; ainda assim, foi com alguma surpresa (e muita repulsa, confesso) que vi meia dúzia de treinadores de bancada a falarem mal do Paulo Bento e a dizerem que ele devia ser despedido imediatamente. Mas está tudo doido?! No início ninguém dava nada por ele, é certo, mas acho inegável que ele esteve à altura da responsabilidade que lhe foi confiada e que se revelou um excelente seleccionador. Nunca na vida vi uma equipa tão unida, tão consistente, tão organizada. Dantes jogavam todos em função do Cristiano Ronaldo (que é bom mas não bom o suficiente para jogar por uma equipa inteira); agora jogam todos de igual para igual. Dantes não se assistia a um único contra-ataque de jeito; agora sim, começam-se a ver jogadas rápidas e aguerridas. E ao passo que dantes a equipa esmorecia invariavelmente perante os primeiros obstáculos, sem demonstrar grande poder de reacção, agora luta até ao fim. E isso é (na minha modesta opinião) absolutamente fabuloso.
Mas enfim, há que não valorizar as pessoa(zinha)s que passaram o Paulo Bento de bestial a besta, que por aqui sentimos mesmo é orgulho e o destino se encarregará certamente de lhes ensinar uma lição.
Viva Portugal!