Este é um óptimo exemplo de como um filme não tem que ser grandioso para ser um grande filme. 12 Years a Slave conta a história verídica de Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um negro livre que vive em Nova Iorque com a família até ao dia em que é enganado, raptado e vendido como escravo. Apesar de ser um filme de época, não se refugia nos clichés do costume - o aproveitamento das imponentes paisagens sulistas, dos guarda roupas ostentosos, das bandas sonoras apoteóticas - para se afirmar como um dos grandes candidatos aos Oscars deste ano. Isto porque a grandiosidade lhe é dada por aquilo que realmente interessa: a história.
Minimalista (quase parado) na forma e ensurdecedor no conteúdo, 12 Years a Slave afirma-se pelo retrato brutalmente verídico da escravatura nele presente - uma realidade tão abominável quanto recente e que por isso importa não esquecer. Um excelente trabalho do realizador britânico Steve McQueen, que se arrisca a ser o primeiro realizador negro a receber um Oscar, assim como de Chiwetel Ejiofor (Solomon Northupe), Michael Fassbender (Edwin Epps) e Lupita Nyong'o (Patsey), todos eles justamente nomeados nas respectivas categorias.
A não perder. Quanto mais não seja para darmos valor a um privilégio que todos temos como assumido: a liberdade.
4 comentários:
Eu gostei e muito :)
Também já vi e gostei muito! :)
Não podia estar mais de acordo! Partilho da mesma visão do filme! Recomendadíssimo :)
belíssimo texto. ainda não vi, mas fiquei ainda mais curiosa.
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