quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O que terá acontecido realmente?


Como qualquer Mãe, o meu maior medo, o meu grande, ENORME bicho papão é que aconteça alguma coisa aos meus filhos. Lembro-me como se fosse hoje do desaparecimento de Madeleine McCann: estava em casa de repouso devido a uma ameaça de parto prematuro e acompanhei o caso ao detalhe, com o comando da televisão na mão, as hormonas aos pulos e as lágrimas nos olhos.

Quando saiu o livro de Gonçalo Amaral fiquei plenamente convencida de que os Pais estavam envolvidos na história. Mas... e se não estão? E se estão há seis anos sem saber o que aconteceu à filha? Meu Deus, nem quero pensar no que isso será.

Isto para chegar ao documentário exibido na semana passada no programa Crime Watch (se não viram, é só clicarem no vídeo acima). E à constatação de que, apesar de tudo, se continua muito longe da verdade. E ao facto de que nenhuma criança no mundo devia passar pelo que a pequena Maddie passou. Whatever it was.

4 comentários:

Jo disse...

Também acompanhei o caso, na altura, com muita atenção, em choque, revoltada... Como é possível acontecer uma coisa destas a uma criança? Confesso que acompanhei convencida de que se resolveria rapidamente, e a Maddie seria encontrada e estaria bem. Não sei se era a minha crença ou a minha vontade de que isso de facto acontecesse. Quando li o livro, tal como tu, fiquei convencida de que os pais seriam os culpados. De que ela havia morrido naquela noite. Actualmente não sei o que pensar... Serão de facto culpados? O que aconteceu realmente naquela noite? Um caso que continua a comover-me de certo modo, porque independentemente do que aconteceu nenhuma criança merece passar por isto...

Mary disse...

Hoje em dia também já não sei nada, Jo! A não ser que acho muito estranho um possível raptor fugir com uma criança a pé em vez de a pôr imediatamente dentro de um carro...

Xica Maria disse...

Não gosto de apontar o dedo aos pais... se realmente eles não são culpados nem quero imaginar a dor de perder um filho. Deve ser devastador. Deve-se passar a vida toda, horas, minutos e segundos a pensar no filho perdido.
Penso que a decisão de deixarem os miudos sozinhos foi claramente muito má. Mas não são os únicos. Já ouvi várias histórias de deixarem os miudos em casa a dormir.
Já ouvi dizer que eles têm cara de culpados porque não estavam desesperados quando a filha desapareceu (o mesmo caso da mãe da Joana), mas os ingleses, por norma, são frios. Os portugueses são sensíveis, choram, gritam,...
Não acredito que a menina seja encontrada. A rede de tráfico humano é gigante e nós somos tão inocentes que não sabemos a podridão que anda por aí escondida... é de facto assustador. Acredito que possa já estar morta devido à busca e ter sido um caso tão mediático.... no entando, tenho fé. Assim como tenho fé que outros meninos desaparecidos voltem. Como o João Pedro e a Rita Slof.

Poisoned Apple disse...

Eu acho difícil que, sendo culpados, se pusessem com mil apelos para reabrir o caso, pedidos ao governo, contratar detectives, etc. Até podiam servir-se disso como álibi nos primeiros tempos, mas andar anos a fio a pedir atenção para o caso sendo culpados? Nunca me cheirou.

Mas eu sei lá!