domingo, 30 de dezembro de 2007

Happy New Year!

Porque as malas já estão feitas e o Algarve chama por mim, aqui ficam, desde já, os meus votos de um óptimo 2008!

Parabéns...

...à minha amiga Vespinha. Uma amiga com "A" grande, daquelas que quase já não se usam, de tão verdadeira e incondicional - como a amizade deve ser.

Que este ano que traga consigo tudo aquilo com que mais sonhas, porque mereces tudo isso e ainda muito mais.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Que Horas São?

A partir deste Natal, e graças a PM, terei todo o gosto em responder a esta pergunta...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Fever for Chocolate III

Com a quantidade gigantesca de chocolates que comi (e continuo a comer) devido ao Natal, estou à espera de, a qualquer momento, acordar assim. Até lá, vou aproveitar e acabar com as muitas caixas que ainda me restam, que a partir de Janeiro a coisa muda de figura e juro que não vou ingerir nada para além de oxigénio...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

História de Uma Ida ao Cinema

E hoje não podia deixar de registar a primeira ida ao cinema de Baby V. Foi um verdadeiro sucesso, portou-se lindamente e já pediu para ir mais vezes.

Já eu, há imenso tempo que não vou ao cinema ver um filme "normal". Aliás, pensando bem, o último filme a que assisti devia ser contemporâneo do "E Tudo O Vento Levou". E ainda há quem se admire com o facto de ser viciada em séries...

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

A Mary Little Christmas

Quando nos tornamos adultos - e sobretudo quando começamos a ter filhos e os amigos também - o Natal passa a ser "das crianças". Ou seja, passamos rapidamente de cabeças de cartaz a figurantes, de forma a dar o devido protagonismo aos mais pequenos. O que é lógico, mas não necessariamente justo.

Foi por este motivo que, desta vez, resolvi dar um brinquedo ao meu marido: uma pista de carros, daquelas com que todos os homens sonham, mas que nunca têm coragem de comprar. Porque ele é, segundo as suas próprias palavras, uma "criança grande" e não é justo que tenha de abdicar dessa condição só porque o bilhete de identidade já não lhe permite usufruir do título.

E pela primeira vez em muitos anos, passei o Natal a... brincar. Tal como acontecia há muito tempo atrás. A fazer corridas, a ver quem é o mais rápido e a fazer batota, até.

Neste preciso momento, as crianças já dormem e tenho o meu marido e o meu irmão à minha frente, embrenhados numa corrida interminável. E eu estou aqui mortinha para correr com um deles. Porque, bem lá no fundo, todos nós temos reminiscências de quando receber roupa era uma tremenda de uma seca...

domingo, 23 de dezembro de 2007

Feliz Natal


A todos os que visitam este blog, um Natal muito feliz, recheado daquilo que verdadeiramente interessa e não (só) do que vem anunciado na televisão...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Mãos ao Ar!

Ia eu a caminho da minha hibernação quando realizei que Jack Bauer (Kiefer Sutherland é apenas um dos seus muitos disfarces) está a cumprir 48 dias de prisão numa cadeia da Califórnia.

Em nome da solidariedade que marca esta quadra, sinto-me obrigada a voar imediatamente para Los Angeles e a cometer um qualquer crime digno de reclusão.

É que, segundo a imprensa, Jack tem uma cela só para ele. E é (no mínimo) desumano que tenha de passar o Natal sozinho...

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Hibernação

Com o passar dos anos, descobri que tenho uma relação de amor-ódio com o Natal. Por um lado, adoro a época (aliás, não há como não gostar), mas por outro... tenho vindo a desenvolver uma alergia crescente a uma série dos seus sintomas, como as compras por atacado. E as lojas apinhadas de gente. E os jantares pseudo-festivos recheados de colegas com bandoletes de rena. E os amigos secretos em que só se recebe molduras e velas. E os milhões de pais Natal a subirem por tudo quanto é varanda.

Por isso, resolvi hibernar como os ursos e só voltar no dia 25. Agradeço a quem de direito que me acorde bem cedo, para ainda ir a tempo de abrir os meus presentes. Porque há tradições que, apesar de tudo, têm de ser mantidas. A bem do espírito natalício, é claro.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Fever for Chocolate II



Pode não parecer, mas juro que continuo em dieta. Só não tive culpa quando um croissant com chocolate da Bénard (que são só os melhores do mundo) se atravessou no meu caminho; ou quando me ofereceram uma caixa de chocolates que seria uma tremenda má educação recusar; ou quando o rapaz do carrinho do catering surge todos os dias no escritório, dizendo que tem uma napolitana de chocolate guardada para mim...

...é que uma pessoa não é de ferro!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Fever for Chocolate

Após se ter tornado escandalosamente óbvio que a base da minha alimentação é o chocolate, resolvi cortar com o consumo do dito. Não porque veja grandes sequelas desta minha obsessão, mas porque, na verdade, não deve dar muita saúde.

Por isso, e a partir de hoje, só vou comer chocolates na Páscoa. E no Natal. E quando alguém mos oferecer, que é uma má educação recusar os presentes que os outros tiveram o cuidado de escolher para nós. E quando estiver de neura, que as endorfinas são uma substância 100% natural e que dá o maior dos jeitos. E quando eles se atravessarem no meu caminho, que isto ninguém é de ferro e há que reconhecer os nossos limites.

Tirando estas excepções, cuja frequência será certamente residual, estou de dieta rigorosa. Até já me sinto mais saudável. E entediada...

domingo, 9 de dezembro de 2007

Parabéns...

...à minha alma gémea. Porque elas existem. Temos apenas de manter o coração aberto, para que tenham oportunidade de entrar...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Pecebeu?!

- Mamã, onde vai a mota da poícia?
- Deve ir atrás de alguém que se portou mal, concerteza.
- Quem?
- Não sei, se calhar foram o Sonso e o Mafarrico que fizeram alguma maldade...
- Mamã, vou expicar: o Sonso e o Mafarrico móiam na tevisão, não móiamfóia!!! Por isso, a mota da poícia deve ir atás de um ladão! Pecebeu agóia?! PECEBEU?!

Percebi. Se percebi...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Palavras para Quê...?

- Mamã, ôto dia vou fazê quato anos!
- Pois, mas ainda falta um bocadinho...
- A Mãe é (g)rande, pois é?
- Sim, a Mãe é grande...
- Quantos anos tem, quato?!
- Não, a Mãe tem um bocadinho mais...
- Cinco?
- Não, mais...
- Seis?
- Não, a Mãe tem mais alguns anos...
- Vinte?!
- Mais...
- NÃO PODE!!!

domingo, 25 de novembro de 2007

Parabéns...

...à minha pipoca bebé, por meio ano de vida. Ou talvez lhe devesse chamar algodão doce, pela doçura e suavidade com que, devagarinho, começa a descobrir o mundo...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Importam-se de Repetir?!

Que a Writers Guild of America esteja em greve há uma série de tempo, acho muito bem. Que isto ninguém vive do ar e o advento da TiVo e da internet, sem obrigação de pagar bilhete ou de assistir aos intervalos comerciais que fazem o sustento destas pessoas, tem mesmo de ser repensado.

Mas deixar a coisa chegar ao ponto em que a Fox teve de C-A-N-C-E-L-A-R a season 7 do 24?! É claro que esta série, mais do que qualquer outra, exige um ritmo e argumento ininterruptos, o que não se compadece com um intervalo indefinido entre os poucos episódios gravados e o fim (ainda desconhecido) da dita greve...

Mas mesmo assim... será que esta gente não percebe que há coisas que são de importância CAPITAL?! Como é que os argumentistas americanos esperam que eu continue suspensa à espera de saber o destino do meu Jack Bauer?! Ainda por cima depois de ter visto o trailer...!

Vou escrever-lhes uma carta a explicar que a minha vida está em stand-by no momento da fotografia acima. E que sou quase tão viciada nesta série como em chocolates. E que se trata de um caso de vida ou morte (minha, é claro).

Tenho a certeza de que eles vão compreender e acabar com a greve na hora.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A Burla

Hoje sinto-me no dever de relatar uma burla de que fui vítima. Para que todos possam ficar alerta e não deixar que o mesmo vos aconteça...

Estava eu a almoçar calmamente quando fui aliciada para uma ida às compras. Outra pessoa que não eu precisava desesperadamente de um vestido e eu tinha de acompanhá-la. Num acto de incomparável altruísmo, acedi ao convite.

Mal entrámos na loja, o cenário mudou radicalmente: a dita pessoa nunca mais falou do vestido e começou a depositar, contra a minha vontade, uma série de artigos nos meus braços. Peças e peças de roupa mais tarde, hipnotizou-me para que fornecesse à senhora da caixa o código do cartão Multibanco! Quando voltei a mim, tinha um saco cheio de compras a tiracolo - e a carteira consideravelmente mais leve.

Como é evidente, todo este shopping spree aconteceu na total ausência das minhas (parcas) capacidades mentais, pelo que o mais lógico seria devolver tudo. Mas como eu sou uma pessoa de princípios e não quero desequilibrar as contas da loja, que já deve estar a contar com o meu dinheiro, amanhã lá terei de começar a estrear os outfits.

Os sacrifícios que uma pessoa não faz pelos outros...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Que Los Hay, Los Hay!


Sei que as (poucas) pessoas que me lêem não vão acreditar, mas a verdade é que tenho um duende cuja missão é atormentar-me a vida. E se até há pouco tempo ele apenas me assombrava em part-time, agora decidiu dedicar-se a mim a tempo inteiro. Iupi...

Com o passar do tempo, tive oportunidade de verificar que, apesar do leque de aptidões do pequeno anão esverdeado (porque duende que é duende é verde) ser bastante extenso, ele tem uma actividade preferida: interferir no funcionamento das coisas quando está sozinho comigo e pô-las a funcionar sempre que alguém se aproxima. Objectivo? Fazer com que eu faça figura de ursa perante o manuseamento de computadores, máquinas fotográficas, telemóveis, televisões, vídeos e afins.

Mas isso era dantes... agora, quem sabe farto de interagir com pequenos objectos, o pequeno gremlin decidiu pensar em grande. E resolveu avançar determinado em direcção ao... carro do meu marido. Na ausência dele, está claro.

E eu, que até estou farta de conduzir o dito carro, de repente dei por mim perante uma condução emperrada e um travão hiperactivo. Para minutos depois ligar ao legítimo proprietário do veículo, ele atravessar meia cidade ao meu encontro e o carro voltar a funcionar normalmente.

E como se não bastasse o sorriso condescendente de que fui alvo, ainda tive de ouvir um "tens a certeza de que destravaste o carro...?" no final!

Se apanho o filho da mãe do duende, juro que ele vai ver o que é bom para a tosse.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

The Monster's Back


Mary está a ter uma manhã daquelas. Tudo lhe corre mal, está escandalosamente atrasada e o seu aspecto lembra o de um refugiado mexicano há três dias numa jangada a caminho dos Estados Unidos.

Desesperada, lança aquela que pensa ser uma carta infalível: um novo perfume, do mais sofisticado que há. Aplica-o e sente-se logo uma Marilyn dos tempos modernos. Respira fundo, ajeita e roupa e avança inchada em direcção à porta da rua, pronta para conquistar o mundo. Até que uma vozinha de pato grita:

- PUUUUUU, A MÃE CHEIA TÃO MAU!!!

E foge tão depressa quanto as pequenas pernas lhe permitem.

Maldita seja a sinceridade das crianças.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Mary in Trees

Trabalho, eventos e afazeres familiares diversos têm-me mantido afastada da blogosfera. Agora que me preparava para regressar, começa "Men in Trees".

Conclusão: como Mary não resiste a uma boa série, vai ter que ficar para a próxima...

domingo, 11 de novembro de 2007

Uma Mente Brilhante

De acordo com o site Free IQ Test, tenho um QI de 130, o que, de segundo a tabela deles, me posiciona exactamente entre a "high inteligence" e a "superior intelligence". Das duas, uma: ou sou, de facto, um ser superior, ou a pessoa que criou este teste é incrivelmente estúpida.

Caso tenham curiosidade em experimentar, o link está à direita...

Parabéns

Hoje, Dia de S. Martinho, comemoram-se os anos de um bom e grande amigo. Muitos parabéns, COMPADRE!

sábado, 10 de novembro de 2007

Mixed Emotions

Hoje está a ser um dia particularmente complicado para mim. Porque uma das minhas melhores amigas está a casar. E eu não estou lá para assitir. Logo eu, que ia ser a madrinha e tudo.

Não pude ir porque o casamento é do outro lado do mundo. E porque tenho dois filhos pequenos. E porque era impossível deixá-los durante uma semana.

Por outro lado, não podia estar mais contente. E a torcer para que tudo esteja a correr na perfeição. E para que os noivos vivam felizes para sempre, como nos contos de fadas.

Gosto muito de ti, S. Mas isso tu já sabes. Há mais de 20 anos...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Material World

Conforme alguns sabem, trabalho num sector e numa área particularmente apelativos. Por isso, já estou bastante habituada a ser "assediada" - de forma mais ou menos dissimulada, mais ou menos frequente, mas sempre com o mesmo objectivo: conseguir... borlas.

Até hoje, achava que já nada tinha a capacidade de me surpreender. Até que uma figura mais ou menos conhecida da nossa praça resolve ligar para o escritório. E apresentar-se (em inglês) como alguém de uma conhecida publicação norte-americana, que estava em Portugal com a sua icónica directora. E com o Cristiano Ronaldo. E com a Nicole Kidman. E que era um encontro secreto. E que a dita (e temida) directora precisava desesperadamente de alguns artigos estupidamente caros. À borla, é claro.

Confesso que, desta vez, o senhor em questão (que eu já conheço de outros carnavais) teve a capacidade de me surpreender. Como também ele deve ter ficado surpreendido quando a tal directora supostamente lhe ligou a "agradecer" a atenção, mas que não precisava de nada, muito obrigada.

Admito que foi a história do dia e que toda a gente riu a bom rir à conta do enredo montado por tão ridícula figura. Mas se formos a ver bem, não devíamos rir, mas sim ter medo... muito medo! Porque ele há-de voltar com outro esquema. E alguém há-de cair na esparrela.

domingo, 4 de novembro de 2007

Town or Country


Sei que este post vai deixar muita gente preocupada, mas a verdade é que, volta e meia, dou por mim a ponderar mudar-me para... o campo! Sim, para o C-A-M-P-O! Quem me conhece sabe que sou o mais urbana possível e que adoro viver a mil à hora - por isso é que ainda hoje não percebo a estranha atracção que uma vida mais pacata exerce sobre a minha pessoa.

Racionalmente falando, acho que não ia aguentar mais que uma semana, após o que voltaria para a cidade a correr; do ponto de vista emocional... já não tenho tanta certeza.

Vem isto a propósito do último fim-de-semana, passado ali para os lados de Montargil. Abrir a janela de manhã e deparar-me com a vista da fotografia fez-me pensar na vida - e em como seria bom presenciar este cenário todos os dias. E ter um imenso céu estrelado para contemplar todas as noites. E ver os meus filhos crescerem (mais) livres. E ter uma maior qualidade de vida por menos dinheiro. E...

...vou ali meter-me no meio de um engarrafamento que isto já passa.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Bridget Jones - A Saga Continua

Falta pouco para as dez da manhã e Mary acaba de estacionar na garagem do escritório. Fecha o carro e dirige-se para a porta de acesso aos elevadores, que só abre mediante a apresentação de um cartão próprio.

Mary passa o cartão perto do sensor. Nada. Tenta uma e outra vez. A porta continua trancada. Roga umas quantas pragas ao sensor e acena furiosamente o cartão. A porta continua absolutamente imóvel. Com a fúria, os seus gestos já se assemelham aos de um polícia sinaleiro em plena hora de ponta, mas a verdade é que nada se altera. Desesperada, Mary desata aos pontapés à porta. Até que, ao olhar uma vez mais para o cartão, repara que ele se transformou... na chave do carro!

Envergonhada, Mary tira o cartão da carteira (onde se terá metido o duende que me trocou as coisas?!) e abre a porta. Para minutos depois Floripes a informar da existência de... câmaras de vigilância em todo o prédio!

Um dia destes, juro que faço as malas, visto um colete de forças e interno-me.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

A Idade dos Porquês


São nove da manhã e Mary está a caminho da escola com o seu príncipe encantado, que observa atentamente o trânsito pela janela do carro.

- Mamã, o carro da Mamã deita fumo?
- Não, não deita.
- Poquê?
- Porque não está estragado.
- Poquê?
- Porque está bom.
- Poquê?
- Porque a Mamã costuma ir com ele à oficina.
- À oficina do Sr. Faísca?!
- Não.
- Poquê?
- Porque a Mãe vai a outra oficina.
- Poquê?
- Porque a Mãe não conhece o Sr. Faísca.
- Poquê?
- Porque ele mora na Cidade dos Brinquedos.
- Poquê?
- Porque a casa dele é lá.
- Poquê?
- Porque nem toda a gente mora no mesmo sítio.
- Poquê?
- Porque não havia espaço para toda a gente na mesma cidade.
- Poquê?
- Porque... OLHÓ AVIÃO!!!

domingo, 28 de outubro de 2007

Parabéns...

...a um amigo com mil rostos, mil personalidades, mil estados de espírito... mas um único e grande coração. Parabéns, R.

Um Pequeno Grande Milagre

A grande maioria das pessoas não sabe, mas hoje (ontem, que na verdade já passa da meia-noite) foi um dos dias mais especiais de que tenho memória: porque às 11H10 nasceu um dos bebés mais desejados, esperados e merecidos de sempre.

Porque, se quisermos muito, os milagres podem mesmo acontecer.

Bem-vindo ao mundo, pequeno L.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Duplos Parabéns...

...à Titocas, que faz hoje um ano, e à minha pipoca bebé, que já tem cinco meses! Como o tempo voa...!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

De Rastos


É como me sinto. O meu grande projecto profissional está finalmente despachado, mas eu, em contrapartida, estou para lá de morta.

Vou procurar uma toca, tentar hibernar como os ursos e já volto.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

A Bela e O Monstro

Sete e pouco da manhã. Mary dorme profundamente. Lá fora, o dia ainda está meio escuro. No silêncio da casa, ecoa uma voz estridente:

- Mamããã, acodeiiiii!

Mary vira-se para o outro lado e reza para que tudo não passe de um sonho.

- MAMÃÃÃ, ACOOODEEEEEIIIIIIIIIII!!!

Conformada, Mary entreabre os olhos, arrasta-se para fora da cama e cambaleia pelas escadas abaixo, agarrada às paredes. Despenteada, de pijama e com umas olheiras até ao chão, lá vai abrindo caminho até ao quarto do seu filho. Quando lá chega, ele observa-a dos pés à cabeça, franze o sobrolho e diz, lacónico:

- A Mãe paiece um môto (monstro)...

Para a próxima, dou-lhe o telefone da Gisele Bündchen. A ver se ela acorda às tantas da manhã para ouvir insultos. É o acordas!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Need for Speed


Because things can always get worse... a epidemia generalizou-se. Agora, estamos todos doentes, à excepção de Baby C., que à custa de muita privação de beijos & abraços da nossa parte, lá vai escapando à maleita dominante, que teima em alastrar qual vírus exótico em filme americano.

Entre ataques de toque e séries de espirros, esta casa mais parece uma farmácia - sendo que mais de metade dos medicamentos é minha. Não podendo de maneira nenhuma ficar de cama, comecei a tomar tudo quanto eram comprimidos - e agora até sonho com eles. Conto os minutos que faltam até à próxima dose e tenho delírios cujos protagonistas são invariavelmente cápsulas de mil e umas cores, tipo tabela de pantones, a avançar na minha direcção mascaradas de M&M's.

Escusado será dizer que tanto na vida real como nos delírios tomo tudo o que me aparece à frente - porque sempre é melhor drogada que acamada...

P.S.: Floripes, não fique arreliada, que é drogada como diz o povo ("ai, a doutora receitou-me tántas drogas...!") e não bartolomeuwise...!

domingo, 14 de outubro de 2007

E Foram Felizes para Sempre...

Se há dias me sentia como se tivesse sido atropelada por um camião TIR, três dias de gripe e uma ida ao Porto depois, parece que fui passada a ferro por um cargueiro.

Voltei morta, morrida, matada, mas exultante de alegria: por ter assistido a um casamento à séria, como deve ser, daqueles que acontecem pelos motivos certos (por amor, é claro) e que temos a certeza de que vai durar para sempre, como nos contos de fadas.

Muitos parabéns, M&H - por serem como são, pela sorte de se terem encontrado neste mundo tão grande, pela clarividência de terem percebido que são almas gémeas e pela verdade do amor que vos une há doze anos.

E por falar em amor, muitos parabéns também a mim e ao meu marido, por quatro anos de um casamento muito, muito feliz, completados na passada Quinta-Feira - dia em que o meu irmão também fez anos.

E por agora já chega, que o cházinho, o xarope e os comprimidos chamam por mim...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

I Can Feel It Coming in The Air Tonight...


Estou a chocar uma gripe tão mas tão épica que me sinto como se tivesse sido atropelada por um camião TIR cheio de placas de mármore até ao tecto.

Vou ali tomar todos os compridos que encontrar e já... não volto.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Um por Todos e Todos por Um


Ao contrário de muitas pessoas, não preciso que aqueles que me rodeiam estejam sempre um bocadinho pior que eu para me sentir bem.

Muito pelo contrário. Se os meus amigos estão mal, também eu me sinto fragilizada; e se, por outro lado, eles estão bem, mesmo que porventura não tenha grandes motivos para isso, acabo inevitavelmente por ser contagiada por essa felicidade, o que faz com que também eu me sinta um bocadinho melhor.

É por este motivo que hoje não estou tão exuberante como de costume: porque, apesar da vida me correr razoavelmente bem, o mesmo não podem dizer algumas pessoas de quem gosto muito. E "só" isso já é motivo para que uma pequena nuvem cinzenta paire sobre a minha cabeça...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Corazón Partio

Certa vez, ainda não tinha filhos, ouvi alguém dizer uma coisa que, na altura, me pareceu a maior lamechice do mundo: que ser Mãe é ter o coração fora do corpo.

Hoje, quando deixei baby C. para regressar ao trabalho, apercebi-me pela segunda vez de que tal afirmação, para além de pirosa, é dolorosamente verdadeira.

domingo, 7 de outubro de 2007

R.I.P. Tico & Teco


Por acaso alguém se lembra dos dois neurónios que me restavam (o Tico e o Teco), um dos quais (o Tico) morreu há pouco tempo? Pois compete-me informar que o Teco... nos deixou. Apercebi-me desta triste realidade este fim-de-semana, quando tive a infeliz ideia de fazer um raid a um centro comercial, para resolver assuntos vários.

Logo após ter entrado no carro (no meu carro), ponho-me a empurrar furiosamente a alavanca das mudanças, como se aquele fosse um carro de mudanças automáticas (ou seja, o do meu marido). Uns quantos insultos depois, lá percebo em que carro estou e ponho-me a caminho.

Ao fazer um percurso que conheço de cor e salteado, consigo enganar-me não uma mas duas vezes, o que faz com que demore vinte minutos a chegar a um sítio onde qualquer pessoa normal chegaria em cinco. Entro no parque, estaciono o carro e avanço determinada para o interior do centro comercial.

Lá dentro, tenho um ataque de pânico com a quantidade (e qualidade) das pessoas que vejo à minha volta. Apesar de tudo, lá vou serpenteando por entre os aglomerados pai-mãe-sogra-sogro-filhos-cão-papagaio que passeiam pelos corredores, levando atrás de mim um pobre desgraçado com três anos que não pára de gritar, em versão pescadinha, "MAMÃ, QUÉIO I EMBÓIAAAAAA!"...

Com a cabeça a latejar, não consigo concluir mais que metade das coisas que me tinha proposto fazer. Desfigurada, resolvo ir embora e quando vou para o carro... não o encontro. Mas é que não o encontro mesmo. Percorro o parque de estacionamento todo (devo ter entrado por outra porta), dou outra volta para me certificar (juro que foi aqui que o estacionei)... e por mero descargo de consciência subo ao -1, onde sei que não está o carro. E não está mesmo.

Regresso ao -2, dou mais uma volta... nada. Ainda penso perguntar a um segurança onde está o carro, mas só a antecipação da cara dele demove-me. Volto ao ponto de partida e reparo... que existe mais um piso. Não, eu não desci tanto assim, é que não desci mesmo, mas pelo sim pelo não é melhor ir lá ver... e não é que.. onde raio se esconderam os duendes que fizeram isto?!

Entro no carro e vinte e cinco voltas depois lá encontro a saída certa. Saio em excesso de velocidade, tal é a vontade de fugir ao jardim zoológico onde me fui meter, e quando chego à porta de casa... nada de chaves. Revolvo a carteira vezes sem fim, tiro tudo cá para fora, volto ao carro (não vão ter caído no banco), procuro outra e outra vez e... nada.

- MÃÃÃEEEEEE, QUÉIO ENTÁÁÁ!!!
- Não podemos que a Mãe não trouxe as chaves de casa...
- Atão que é ito aqui dento?
- São... as chaves de casa.

Rest in peace, Tico & Teco...

sábado, 6 de outubro de 2007

E Vão Quatro!

A minha (enorme) sapateira está tão arrumada que até custa a acreditar. Estou tão inchada de orgulho que pareço um perú em vésperas de Natal - só espero que ninguém se lembre de me trinchar...

3-0!

Terceiro objectivo superado: o meu roupeiro está limpo, arrumado e impecavelmente organizado, mesmo como eu gosto.

Estou tão orgulhosa que era capaz de erigir uma estátua a mim mesma.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Objectivo Superado!

O maior (e mais difícil) objectivo que tinha para esta semana foi finalmente superado! A minha missão de carácter profissional, que me tirou horas de sono e quilos de cima, foi finalmente cumprida!

Se não tivesse marido e filhos em casa, juro que ia para os copos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Lost in Lost


Para quem, como eu, anda lost no Lost, fica a informação de que a RTP (esse canal perito em assassinar séries de qualidade) vai transmitir novamente o início da terceira temporada. Resta apenas saber se a vão acabar...

Começa já na Sexta-Feira e continua até Domingo. A partir daí, só Deus sabe.

Há Bens que Vêm por Mal...

Devido ao imenso stress em que tenho andado (e a algum cuidado com a alimentação - pouco), hoje subi para a balança e nem queria acreditar: menos dois quilos em uma semana!!! Ou seja: na tentativa de atingir outros objectivos, acabei por alcançar, inadvertidamente, outro... é caso para dizer que há bens que vêm por mal!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Desafio


É impressionante como quatro meses podem passar depressa. Dito assim de repente, parece muito tempo (afinal, é um terço de um ano!), mas na verdade não é nada. Pelo menos a avaliar pelas inúmeras coisas que tinha estipulado fazer ao longo deste (aparentemente) longo período e que não consegui acabar.

A uma semana de voltar ao trabalho, venho desafiar (de luva branca e tudo, que estas coisas têm que ser feitas com toda a pompa e circunstância)... o tempo - sim, o tempo! Porque ele não há-de levar a melhor e eu hei-de, numa semana, em versão vinte-e-quatro-episódios-num-só, cumprir todos os objectivos a que me tinha proposto quando vim para casa!

En garde!!!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

É Frutóchocolate!


No estudo 'O Gelado como Parte de Uma Alimentação Saudável', Olívia Pinho, professora da Faculdade de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto, explica como integrar o gelado nos seus hábitos diários. A investigação concluiu que este alimento tem um inequívoco valor nutricional, dado que 100g de gelado fornecem, em termos de necessidades diárias do organismo, 10% a 15% das calorias -5% a 10% de proteína, 7% a 17% de cálcio e 10% a 15% de vitamina B. Como tal, frisa a nutricionista, "os gelados podem ser considerados alimentos com valor nutricional e podem ser incorporados numa dieta saudável."

In Activa, Julho 2007

Agradecia à Nobel Foundation que mandasse imediatamente um prémio a esta senhora - por correio azul, de preferência.

Se alguém quiser falar comigo, estou ali para os lados do Chiado, na Häagen-Dazs, a zelar pela minha saúde.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

To Kid or Not to Kid...

Se há coisa que não suporto são pessoas sem interesse absolutamente nenhum que resolvem dizer ou fazer coisas chocantes só para se fazerem notar.

É nesta categoria que penso enquadrar-se a belga Corinne Maier, autora do polémico livro "No Kid", no qual apresenta 40 razões para não se ter filhos (logo ela, que tem dois).

Quem me conhece sabe que não sou apologista do conceito de maternidade politicamente correcto, muito pelo contrário (acho que a sociedade espera que digamos que é a melhor coisa do mundo e nós temos vergonha de dizer o contrário) e até concordo com a Sra. Maier quando ela diz que dar de mamar dói que se farta e que o parto é uma tortura, mas daí a apelar ao mundo para não ter filhos vai uma grande diferença.

Que as crianças são um perigo ecológico, que a nossa linguagem se torna idiota e que passamos a fazer programas pouco edificantes para os nossos cérebros, também é capaz de ser verdade. O que eu não acho normal é esta senhora, de tão pouco inteligente, escrever um livro que não só é uma tremenda falta de respeito para com os seus filhos (que qualquer dia escrevem a sequela "No Mom"), para com os pais, que para todos os efeitos tiveram a infeliz ideia de a conceber, e para com a Humanidade, que já não exisitiria se toda a gente pensasse como ela.

É evidente que ter filhos não é tarefa fácil e que há que fazer muitos sacrifícios para os criar. Mas também é verdade que, se resolvemos tê-los, é nossa obrigação tratá-los da melhor forma. Afinal, como diz o povo, eles não pediram para nascer.

No meu caso (e no caso da maioria dos pais), tive e tenho que abdicar de muita coisa para educar os meus filhos, mas não me arrependo nem um bocadinho de os ter tido, porque sei que foram a melhor coisa que alguma vez fiz na vida.

Quanto à Sra. Maier e às suas afirmações de que os recém-nascidos são "feios de meter medo", que se tansformam em "pequenos Gremlins" e que acabam inevitavelmente por desiludir toda a gente, é só ver o carão dela para percebermos que só pode estar a falar de si própria...


terça-feira, 25 de setembro de 2007

Decadência

Há muito, muito tempo, na minha vida anterior (ou seja, na minha vida sem bebés), andava sempre impecável. O cabelo arranjado, a maquilhagem irrepreensível, a roupa perfeitamente engomada e tudo a condizer - até demais. Tinha um amigo que, inclusive, brincava com o meu aspecto, dizendo que parecia uma hospedeira sempre pronta a embarcar.

Hoje, olhei para o espelho e estava assim. E ontem também. E anteontem. E já nem sequer reparo. Será a isto que chamam decadência...?

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

120 Dias Depois...


Se não tivesse posto alguns dias de férias, hoje estaria de regresso ao trabalho. Ao contrário da primeira vez, estes 120 dias passaram a correr. E eu, que sempre achei que quatro meses são mais do que suficientes, que faz lindamente ir trabalhar ao fim desse tempo e que a vida é muito mais que fraldas e biberões, desta vez dei por mim feliz da vida pela simples perspectiva de uns diazinhos extra com baby C.

Ainda bem que são só dez dias, que pelo evoluir das coisas, se fosse um mês inteiro, transformava-me numa stay-at-home-mom e nunca mais voltava.

Quem me drogou, é favor acusar-se, por favor.