terça-feira, 30 de outubro de 2007

A Idade dos Porquês


São nove da manhã e Mary está a caminho da escola com o seu príncipe encantado, que observa atentamente o trânsito pela janela do carro.

- Mamã, o carro da Mamã deita fumo?
- Não, não deita.
- Poquê?
- Porque não está estragado.
- Poquê?
- Porque está bom.
- Poquê?
- Porque a Mamã costuma ir com ele à oficina.
- À oficina do Sr. Faísca?!
- Não.
- Poquê?
- Porque a Mãe vai a outra oficina.
- Poquê?
- Porque a Mãe não conhece o Sr. Faísca.
- Poquê?
- Porque ele mora na Cidade dos Brinquedos.
- Poquê?
- Porque a casa dele é lá.
- Poquê?
- Porque nem toda a gente mora no mesmo sítio.
- Poquê?
- Porque não havia espaço para toda a gente na mesma cidade.
- Poquê?
- Porque... OLHÓ AVIÃO!!!

domingo, 28 de outubro de 2007

Parabéns...

...a um amigo com mil rostos, mil personalidades, mil estados de espírito... mas um único e grande coração. Parabéns, R.

Um Pequeno Grande Milagre

A grande maioria das pessoas não sabe, mas hoje (ontem, que na verdade já passa da meia-noite) foi um dos dias mais especiais de que tenho memória: porque às 11H10 nasceu um dos bebés mais desejados, esperados e merecidos de sempre.

Porque, se quisermos muito, os milagres podem mesmo acontecer.

Bem-vindo ao mundo, pequeno L.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Duplos Parabéns...

...à Titocas, que faz hoje um ano, e à minha pipoca bebé, que já tem cinco meses! Como o tempo voa...!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

De Rastos


É como me sinto. O meu grande projecto profissional está finalmente despachado, mas eu, em contrapartida, estou para lá de morta.

Vou procurar uma toca, tentar hibernar como os ursos e já volto.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

A Bela e O Monstro

Sete e pouco da manhã. Mary dorme profundamente. Lá fora, o dia ainda está meio escuro. No silêncio da casa, ecoa uma voz estridente:

- Mamããã, acodeiiiii!

Mary vira-se para o outro lado e reza para que tudo não passe de um sonho.

- MAMÃÃÃ, ACOOODEEEEEIIIIIIIIIII!!!

Conformada, Mary entreabre os olhos, arrasta-se para fora da cama e cambaleia pelas escadas abaixo, agarrada às paredes. Despenteada, de pijama e com umas olheiras até ao chão, lá vai abrindo caminho até ao quarto do seu filho. Quando lá chega, ele observa-a dos pés à cabeça, franze o sobrolho e diz, lacónico:

- A Mãe paiece um môto (monstro)...

Para a próxima, dou-lhe o telefone da Gisele Bündchen. A ver se ela acorda às tantas da manhã para ouvir insultos. É o acordas!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Need for Speed


Because things can always get worse... a epidemia generalizou-se. Agora, estamos todos doentes, à excepção de Baby C., que à custa de muita privação de beijos & abraços da nossa parte, lá vai escapando à maleita dominante, que teima em alastrar qual vírus exótico em filme americano.

Entre ataques de toque e séries de espirros, esta casa mais parece uma farmácia - sendo que mais de metade dos medicamentos é minha. Não podendo de maneira nenhuma ficar de cama, comecei a tomar tudo quanto eram comprimidos - e agora até sonho com eles. Conto os minutos que faltam até à próxima dose e tenho delírios cujos protagonistas são invariavelmente cápsulas de mil e umas cores, tipo tabela de pantones, a avançar na minha direcção mascaradas de M&M's.

Escusado será dizer que tanto na vida real como nos delírios tomo tudo o que me aparece à frente - porque sempre é melhor drogada que acamada...

P.S.: Floripes, não fique arreliada, que é drogada como diz o povo ("ai, a doutora receitou-me tántas drogas...!") e não bartolomeuwise...!

domingo, 14 de outubro de 2007

E Foram Felizes para Sempre...

Se há dias me sentia como se tivesse sido atropelada por um camião TIR, três dias de gripe e uma ida ao Porto depois, parece que fui passada a ferro por um cargueiro.

Voltei morta, morrida, matada, mas exultante de alegria: por ter assistido a um casamento à séria, como deve ser, daqueles que acontecem pelos motivos certos (por amor, é claro) e que temos a certeza de que vai durar para sempre, como nos contos de fadas.

Muitos parabéns, M&H - por serem como são, pela sorte de se terem encontrado neste mundo tão grande, pela clarividência de terem percebido que são almas gémeas e pela verdade do amor que vos une há doze anos.

E por falar em amor, muitos parabéns também a mim e ao meu marido, por quatro anos de um casamento muito, muito feliz, completados na passada Quinta-Feira - dia em que o meu irmão também fez anos.

E por agora já chega, que o cházinho, o xarope e os comprimidos chamam por mim...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

I Can Feel It Coming in The Air Tonight...


Estou a chocar uma gripe tão mas tão épica que me sinto como se tivesse sido atropelada por um camião TIR cheio de placas de mármore até ao tecto.

Vou ali tomar todos os compridos que encontrar e já... não volto.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Um por Todos e Todos por Um


Ao contrário de muitas pessoas, não preciso que aqueles que me rodeiam estejam sempre um bocadinho pior que eu para me sentir bem.

Muito pelo contrário. Se os meus amigos estão mal, também eu me sinto fragilizada; e se, por outro lado, eles estão bem, mesmo que porventura não tenha grandes motivos para isso, acabo inevitavelmente por ser contagiada por essa felicidade, o que faz com que também eu me sinta um bocadinho melhor.

É por este motivo que hoje não estou tão exuberante como de costume: porque, apesar da vida me correr razoavelmente bem, o mesmo não podem dizer algumas pessoas de quem gosto muito. E "só" isso já é motivo para que uma pequena nuvem cinzenta paire sobre a minha cabeça...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Corazón Partio

Certa vez, ainda não tinha filhos, ouvi alguém dizer uma coisa que, na altura, me pareceu a maior lamechice do mundo: que ser Mãe é ter o coração fora do corpo.

Hoje, quando deixei baby C. para regressar ao trabalho, apercebi-me pela segunda vez de que tal afirmação, para além de pirosa, é dolorosamente verdadeira.

domingo, 7 de outubro de 2007

R.I.P. Tico & Teco


Por acaso alguém se lembra dos dois neurónios que me restavam (o Tico e o Teco), um dos quais (o Tico) morreu há pouco tempo? Pois compete-me informar que o Teco... nos deixou. Apercebi-me desta triste realidade este fim-de-semana, quando tive a infeliz ideia de fazer um raid a um centro comercial, para resolver assuntos vários.

Logo após ter entrado no carro (no meu carro), ponho-me a empurrar furiosamente a alavanca das mudanças, como se aquele fosse um carro de mudanças automáticas (ou seja, o do meu marido). Uns quantos insultos depois, lá percebo em que carro estou e ponho-me a caminho.

Ao fazer um percurso que conheço de cor e salteado, consigo enganar-me não uma mas duas vezes, o que faz com que demore vinte minutos a chegar a um sítio onde qualquer pessoa normal chegaria em cinco. Entro no parque, estaciono o carro e avanço determinada para o interior do centro comercial.

Lá dentro, tenho um ataque de pânico com a quantidade (e qualidade) das pessoas que vejo à minha volta. Apesar de tudo, lá vou serpenteando por entre os aglomerados pai-mãe-sogra-sogro-filhos-cão-papagaio que passeiam pelos corredores, levando atrás de mim um pobre desgraçado com três anos que não pára de gritar, em versão pescadinha, "MAMÃ, QUÉIO I EMBÓIAAAAAA!"...

Com a cabeça a latejar, não consigo concluir mais que metade das coisas que me tinha proposto fazer. Desfigurada, resolvo ir embora e quando vou para o carro... não o encontro. Mas é que não o encontro mesmo. Percorro o parque de estacionamento todo (devo ter entrado por outra porta), dou outra volta para me certificar (juro que foi aqui que o estacionei)... e por mero descargo de consciência subo ao -1, onde sei que não está o carro. E não está mesmo.

Regresso ao -2, dou mais uma volta... nada. Ainda penso perguntar a um segurança onde está o carro, mas só a antecipação da cara dele demove-me. Volto ao ponto de partida e reparo... que existe mais um piso. Não, eu não desci tanto assim, é que não desci mesmo, mas pelo sim pelo não é melhor ir lá ver... e não é que.. onde raio se esconderam os duendes que fizeram isto?!

Entro no carro e vinte e cinco voltas depois lá encontro a saída certa. Saio em excesso de velocidade, tal é a vontade de fugir ao jardim zoológico onde me fui meter, e quando chego à porta de casa... nada de chaves. Revolvo a carteira vezes sem fim, tiro tudo cá para fora, volto ao carro (não vão ter caído no banco), procuro outra e outra vez e... nada.

- MÃÃÃEEEEEE, QUÉIO ENTÁÁÁ!!!
- Não podemos que a Mãe não trouxe as chaves de casa...
- Atão que é ito aqui dento?
- São... as chaves de casa.

Rest in peace, Tico & Teco...

sábado, 6 de outubro de 2007

E Vão Quatro!

A minha (enorme) sapateira está tão arrumada que até custa a acreditar. Estou tão inchada de orgulho que pareço um perú em vésperas de Natal - só espero que ninguém se lembre de me trinchar...

3-0!

Terceiro objectivo superado: o meu roupeiro está limpo, arrumado e impecavelmente organizado, mesmo como eu gosto.

Estou tão orgulhosa que era capaz de erigir uma estátua a mim mesma.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Objectivo Superado!

O maior (e mais difícil) objectivo que tinha para esta semana foi finalmente superado! A minha missão de carácter profissional, que me tirou horas de sono e quilos de cima, foi finalmente cumprida!

Se não tivesse marido e filhos em casa, juro que ia para os copos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Lost in Lost


Para quem, como eu, anda lost no Lost, fica a informação de que a RTP (esse canal perito em assassinar séries de qualidade) vai transmitir novamente o início da terceira temporada. Resta apenas saber se a vão acabar...

Começa já na Sexta-Feira e continua até Domingo. A partir daí, só Deus sabe.

Há Bens que Vêm por Mal...

Devido ao imenso stress em que tenho andado (e a algum cuidado com a alimentação - pouco), hoje subi para a balança e nem queria acreditar: menos dois quilos em uma semana!!! Ou seja: na tentativa de atingir outros objectivos, acabei por alcançar, inadvertidamente, outro... é caso para dizer que há bens que vêm por mal!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Desafio


É impressionante como quatro meses podem passar depressa. Dito assim de repente, parece muito tempo (afinal, é um terço de um ano!), mas na verdade não é nada. Pelo menos a avaliar pelas inúmeras coisas que tinha estipulado fazer ao longo deste (aparentemente) longo período e que não consegui acabar.

A uma semana de voltar ao trabalho, venho desafiar (de luva branca e tudo, que estas coisas têm que ser feitas com toda a pompa e circunstância)... o tempo - sim, o tempo! Porque ele não há-de levar a melhor e eu hei-de, numa semana, em versão vinte-e-quatro-episódios-num-só, cumprir todos os objectivos a que me tinha proposto quando vim para casa!

En garde!!!