quinta-feira, 27 de setembro de 2007

É Frutóchocolate!


No estudo 'O Gelado como Parte de Uma Alimentação Saudável', Olívia Pinho, professora da Faculdade de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto, explica como integrar o gelado nos seus hábitos diários. A investigação concluiu que este alimento tem um inequívoco valor nutricional, dado que 100g de gelado fornecem, em termos de necessidades diárias do organismo, 10% a 15% das calorias -5% a 10% de proteína, 7% a 17% de cálcio e 10% a 15% de vitamina B. Como tal, frisa a nutricionista, "os gelados podem ser considerados alimentos com valor nutricional e podem ser incorporados numa dieta saudável."

In Activa, Julho 2007

Agradecia à Nobel Foundation que mandasse imediatamente um prémio a esta senhora - por correio azul, de preferência.

Se alguém quiser falar comigo, estou ali para os lados do Chiado, na Häagen-Dazs, a zelar pela minha saúde.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

To Kid or Not to Kid...

Se há coisa que não suporto são pessoas sem interesse absolutamente nenhum que resolvem dizer ou fazer coisas chocantes só para se fazerem notar.

É nesta categoria que penso enquadrar-se a belga Corinne Maier, autora do polémico livro "No Kid", no qual apresenta 40 razões para não se ter filhos (logo ela, que tem dois).

Quem me conhece sabe que não sou apologista do conceito de maternidade politicamente correcto, muito pelo contrário (acho que a sociedade espera que digamos que é a melhor coisa do mundo e nós temos vergonha de dizer o contrário) e até concordo com a Sra. Maier quando ela diz que dar de mamar dói que se farta e que o parto é uma tortura, mas daí a apelar ao mundo para não ter filhos vai uma grande diferença.

Que as crianças são um perigo ecológico, que a nossa linguagem se torna idiota e que passamos a fazer programas pouco edificantes para os nossos cérebros, também é capaz de ser verdade. O que eu não acho normal é esta senhora, de tão pouco inteligente, escrever um livro que não só é uma tremenda falta de respeito para com os seus filhos (que qualquer dia escrevem a sequela "No Mom"), para com os pais, que para todos os efeitos tiveram a infeliz ideia de a conceber, e para com a Humanidade, que já não exisitiria se toda a gente pensasse como ela.

É evidente que ter filhos não é tarefa fácil e que há que fazer muitos sacrifícios para os criar. Mas também é verdade que, se resolvemos tê-los, é nossa obrigação tratá-los da melhor forma. Afinal, como diz o povo, eles não pediram para nascer.

No meu caso (e no caso da maioria dos pais), tive e tenho que abdicar de muita coisa para educar os meus filhos, mas não me arrependo nem um bocadinho de os ter tido, porque sei que foram a melhor coisa que alguma vez fiz na vida.

Quanto à Sra. Maier e às suas afirmações de que os recém-nascidos são "feios de meter medo", que se tansformam em "pequenos Gremlins" e que acabam inevitavelmente por desiludir toda a gente, é só ver o carão dela para percebermos que só pode estar a falar de si própria...


terça-feira, 25 de setembro de 2007

Decadência

Há muito, muito tempo, na minha vida anterior (ou seja, na minha vida sem bebés), andava sempre impecável. O cabelo arranjado, a maquilhagem irrepreensível, a roupa perfeitamente engomada e tudo a condizer - até demais. Tinha um amigo que, inclusive, brincava com o meu aspecto, dizendo que parecia uma hospedeira sempre pronta a embarcar.

Hoje, olhei para o espelho e estava assim. E ontem também. E anteontem. E já nem sequer reparo. Será a isto que chamam decadência...?

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

120 Dias Depois...


Se não tivesse posto alguns dias de férias, hoje estaria de regresso ao trabalho. Ao contrário da primeira vez, estes 120 dias passaram a correr. E eu, que sempre achei que quatro meses são mais do que suficientes, que faz lindamente ir trabalhar ao fim desse tempo e que a vida é muito mais que fraldas e biberões, desta vez dei por mim feliz da vida pela simples perspectiva de uns diazinhos extra com baby C.

Ainda bem que são só dez dias, que pelo evoluir das coisas, se fosse um mês inteiro, transformava-me numa stay-at-home-mom e nunca mais voltava.

Quem me drogou, é favor acusar-se, por favor.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Prognóstico para O Fim-de-Semana


E o tempo para o fim-de-semana afigura-se... sarapintado! Céu encoberto por pequenas pintinhas encarnadas, com possibilidade de aguaceiros de choro e temperaturas elevadas para a estação :-(

Melhora depressa, baby C...!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Pensamento do Dia


Só quem tem os filhos a dormir sabe dar o devido valor ao silêncio...

Parabéns...

...a uma das amigas mais divertidas que tenho. Que tenhas um dia muito feliz e... que o convite chegue depressa ;-)

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Mary Jones

Ao fim de quatro meses de licença de maternidade, quase sempre de cara lavada, calças de fato de treino e havaianas, arranjar-me para uma festa prometia. Ingenuamente, achei que o vestido comprado um tamanho acima do habitual (porque não havia o meu número - e ainda bem) iria resolver a questão, mas não demorou muito para perceber que esse seria o menor dos meus problemas...

Depois de meia-hora a tentar decifrar um enigma chamado "soutien multi-funções" (que a avaliar pelo preço devia, no mínimo, colocar-se sozinho), ponho o vestido e avanço determinada para a maquilhagem. Qual não é o meu espanto, após alguns segundos de estranheza pela visão quase esquecida dos meus bâtons e companhia, quando verifico que está quase tudo podre devido à falta de uso. O doseador da base está entupido, o conteúdo amarelado, os glosses secos e peganhentos e a máscara de pestanas, para além de ressequida, cheira a esgoto.

Com o caixote do lixo a abarrotar, a mão destreinada e o relógio a avançar impiedosamente, o resultado final parece-se perigosamente com o Ronald McDonald. Sem tempo para rectificações, conformo-me com o meu novo look à palhaço pobre e prossigo para os acessórios. Após alguns minutos a tentar pôr uns brincos (os furos estavam a querer fechar), resolvo pôr uns sapatos que ficam a matar com o vestido... e que têm uns modestos 11 cm de salto.

Levanto-me com uma vertigem e avanço com a subtileza das hipopótamas bailarinas da Disney em direcção às escadas, que desço agarrada às paredes, ao encontro de uns pequenos olhos esbugalhados, que me analisam atentamente (já não se deve lembrar da mãe sem rabo-de-cavalo).

Olho de relance para o espelho e o meu orgulho pela missão cumprida desvanece-se à velocidade da luz, ao perceber que, após todo este esforço, o corte império do vestido me faz parecer grávida... outra vez.

Chego à conclusão de que sou a Bridget Jones. Umas quantas sequelas à frente, já casada, mas sempre igual a si mesma...

domingo, 16 de setembro de 2007

Baptizado(s)



Ontem foi um dia muito especial para os meus bebés. A partir de agora, ambos têm, para além de Deus para lhes iluminar o caminho e da família para os acompanhar ao longo do percurso, padrinhos a quem dar a mão. Ou seja, tudo aquilo que interessa.

Muitos parabéns, meus príncipes encantados.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Terapia... para Quê?!


É impressionante o efeito que uma tarde no cabeleireiro pode ter numa mulher...! Se não fossem os quilos a mais, diria mesmo que me sinto outra! E ainda há quem pague para se sentar no divã de um psiquiatra. Aliás, para que é que estes senhores desperdiçam cinco anos da sua vida a tirar o curso, quando podiam obter exactamente o mesmo resultado a fazer uns brushings e a comentar a TV 7 Dias? Daaahhhh...

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

A Minha Auto-Biografia

Recentemente, descobri que existe um livro sobre a minha pessoa. A autora chama-se Polly Williams e vê-se mesmo que é uma senhora com visão, ao perceber que a minha vida não só dava uma série, como também um livro. Ora vejam:

"Ainda bem que (...) deixei de me preocupar se os homens olhavam para mim, porque agora não olham, nem sequer uma segunda vez para se certificarem. Posso serpentear entre multidões sem despertar a mais ínfima reacção sexual. Como uma mulher de sessenta anos, talvez, ou envergando uma burka. É claro que não há qualquer razão para alguém olhar. Já não sou uma resplandecente Pessoa Grávida. Nem sou feia ao ponto de atracção de feira, ou comicamente obesa, e não sou de forma alguma muito bela ou deslumbrante. (...) Depois de anos a estourar o salário em cabeleireiros e salões de beleza, o meu orçamento mensal para cuidados pessoais - na sua maioria, produtos para cabelo fraco e discos de amamentação - equivale a pouco mais do que o preço de um verniz Chanel para as unhas. (...) Estou irreversivelmente mudada. E visto-me de acordo com isso."

Como vêem, ela só pode estar a falar de mim. Por isso, agradecia a quem tivesse o contacto da Sra. Williams que mo enviasse, que isto não é só inspirar-se na minha vida e não pagar direitos de autor, que o dinheiro dava-me um jeitão para comprar umas calças de fato de treino novas...

terça-feira, 11 de setembro de 2007

My Name is Woman, Superwoman

Peço imensa desculpa pela falta de modéstia, mas hoje cheguei à conclusão de que sou uma Super-Mulher. Eu e praticamente todas as working moms, que isto dos super-heróis, ao contrário do que se pensa, não é só nos filmes.

Sim, porque ao passo que a Super-Mulher "oficial" se limitava a salvar uns quantos desgraçados das garras de um ou outro bandido de mascarilha, já eu pareço um polvo deficiente, cuja vida exigia oito tentáculos fortes e musculados, mas a quem já só restam dois, seriamente afectados pelo reumático.

Mesmo assim, como ainda não fui internada em nenhuma instituição, o meu marido ainda não pediu o divórcio, a protecção de menores ainda não veio buscar os meus filhos e ainda não fui despedida, é porque se calhar não me saio muito mal.

É por este motivo que venho reivindicar o meu estatuto de super-heroína. Não me façam é pôr uma capa, porque não só posso tropeçar nela, como é mais uma coisa para lavar... e eu cá não tenho tempo para esses luxos!

M&M


Numa era em que cada vez menos pessoas se casam e em que a percentagem de divórcios sobe ao ritmo das taxas de juro, ainda existem casais que sabemos que irão, de facto, ser fiéis, amar-se e respeitar-se, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da sua vida.

Muitos parabéns, M&M!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Balança Precisa-se



Se alguém tiver uma balança a mais, é favor enviar-ma. É que a minha avariou. Teima em dizer que peso exactamente o mesmo que há três meses atrás, quando baby C. nasceu - o que é obviamente impossível. Enquanto espero, vou buscar um Häagen-Dazs.

domingo, 9 de setembro de 2007

Há Precisamente Três Anos...


...aconteceu aquela que foi a maior e melhor revolução da minha vida. Muitos parabéns, meu pequeno príncipe encantado.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Afinal...


Não sei se foi o comboio de madeira que partiu para outra estação ou o simples facto dele já saber ao que vai. O que sei é que, agora, todos os dias é um drama para ir para a escola.

Acorda logo a dizer que não quer ir, é vestido a custo, toma o pequeno-almoço entre lágrimas e soluços e, quando lá chega, fica à janela a acenar, choroso, com uma cara de basset hound capaz de destroçar o coração mais empedernido.

Afinal, quero ser trocada por um comboio. Por um carro, por um avião, até por uma Casal Boss, se for preciso. Porque se isto continua, qualquer dia demito-me, começo a dar-lhe aulas em casa e ele ainda fica como eu...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

All You Need is Love


Adorava que me explicassem por que carga de água as mulheres ficam lamechas a partir do momento em que engravidam. É que não falha: choram por tudo e por nada, emocionam-se com qualquer romance de cordel e, nalguns casos mais agudos, ficam com medo da própria sombra. E o pior é que não passa quando a criança nasce; antes pelo contrário, agrava-se.

No meu caso, confesso que os efeitos foram particularmente devastadores. Hoje em dia, tudo me faz chorar (até anúncios), sou do mais impressionável que há (eu, que adorava filmes de terror, quanto mais assustadores, melhor - lembras-te, amiga mais antiga?) e tenho um medo horrível de andar de carro depressa ("mais devagar", "olha o sinal stop", "travaaaaaaa!"). Eu, que conduzia como um piloto de fórmula 1...

Mas o pior mesmo foi ter-me tornado uma romântica inveterada. Agora, pelo-me por finais felizes, daqueles de fazer chorar as pedras da calçada e acompanhados de sinfonias apoteóticas. Mesmo que sejam forçados, estraguem os filmes e os tornem kitsch. E quando vejo enredos como o da Anatomia de Grey, em que a Meredith e o Dr. Sheperd nunca mais se entendem, fico nervosa. Sim, porque todas as mulheres merecem o seu McDreamy - e ai de quem disser que não!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Parabéns...


...à minha amiga mais antiga. Tão mas tão antiga que não me lembro da vida sem ela!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Oprah & Phil

Não há como escondê-lo: a minha patologia está francamente pior. Continuo fechada em casa a maior parte do tempo, entre fraldas e biberões, ao ponto de ouvir o meu QI a diminuir à velocidade da luz e a minha costela de dona de casa a aumentar ao ritmo da população africana. O resultados destes três meses de clausura, como será de prever, não é lá muito auspicioso: agora, estou viciada em talk shows.

Um dos pontos altos do meu dia chama-se Oprah e vejo todos os programas sem falhar, bebendo cada palavra por ela pronunciada. Há dias, o tema era “Going Green” e tinha a ver com a redução do consumo de energia, com a reciclagem e com a preservação do planeta. Vi tudo atentamente e poucos minutos depois dei por mim transformada numa activista ambiental.

Agora, passo a vida a apagar luzes, a controlar cada pingo de água, a usar o mesmo copo durante todo o dia e a morrer de complexos de culpa sempre que deito uma fralda para o lixo. Qualquer dia pego em mim, inscrevo-me no Greenpeace e vou salvar baleias num barco insulflável, algures para o Japão. Ou destruir um campo de milho transgénico, que pelos vistos está na moda e dá direito a tudo quanto é tempo de antena.

Depois, há o Dr. Phil... Gosto dele porque me faz sentir normal, em comparação com as pessoas que entrevista, e porque é um dos poucos seres humanos que pode perguntar a alguém (como já o vi fazer) se tem danos cerebrais - e que ainda é aplaudido por isso. O que eu pagava para fazer o mesmo. Ficava afónica num instante.

Escusado será dizer que sonho com a Oprah sentada no meu sofá para dois dedos de conversa e com o Dr. Phil sempre a postos dentro de uma lâmpada, algures entre os copos e as chávenas de café. Esta casa começa a ficar cheia...

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

So Long, Farewell...


Anda uma pessoa a criar um filho para isto. Semanas a temer o pior, três noites praticamente sem dormir, a antecipar mil e uma versões do drama e... nada! NA-DA.

Chegado à escola pela primeira vez, instala-se muito à vontade, arranja logo um amigo, rende-se em dois segundos a um comboio de madeira e, quando dizemos que vamos embora, reage apenas com um breve "até logo"...! Eu ainda repito tudo (de certeza que ele não percebeu bem), mas a reacção continua a mesma, só que mais a despachar, que isto o comboio vai partir pela pista fora e há que não o perder de vista.

Mas onde param os gritos e os apitos, os braços enrolados à volta das pernas dos pais, os olhos chorosos e os narizes cheios de ranho?! O que é feito?!

Afinal, quando for grande, já não quero ser o Noddy. Quero ser um comboio. E nem é preciso ser muito sofisticado. Nem fazer "tu-tu"...

sábado, 1 de setembro de 2007

Independence Day


Aposto como a maior parte das pessoas ainda não deu por isso, mas hoje é um dia muitíssimo importante. Tão importante que até devia ser feriado nacional. Ou mesmo mundial, que isto há coisas que, de tão estupendas, mereciam cer celebradas à altura.

Hoje, após três loooooongos meses, a minha pequena piranha cor-de-rosa está definitiva e oficialmente desmamada. Após duas tentativas frustradas de comprar os comprimidos para secar o leite (empregada da farmácia 1: "adorava ajudá-la, mas isto é uma parafarmácia"; empregada da farmácia 2: "estes comprimidos deram-me umas dores de cabeça que mal conseguia levantar-me da cama..."), desta é que foi.

Vou ali beber os cafés, as caipiroskas e a sangrias que me passaram ao lado durante todo o Verão e já volto. Se conseguir.