
Sei que as (poucas) pessoas que me lêem não vão acreditar, mas a verdade é que tenho um duende cuja missão é atormentar-me a vida. E se até há pouco tempo ele apenas me assombrava em part-time, agora decidiu dedicar-se a mim a tempo inteiro. Iupi...
Com o passar do tempo, tive oportunidade de verificar que, apesar do leque de aptidões do pequeno anão esverdeado (porque duende que é duende é verde) ser bastante extenso, ele tem uma actividade preferida: interferir no funcionamento das coisas quando está sozinho comigo e pô-las a funcionar sempre que alguém se aproxima. Objectivo? Fazer com que eu faça figura de ursa perante o manuseamento de computadores, máquinas fotográficas, telemóveis, televisões, vídeos e afins.
Mas isso era dantes... agora, quem sabe farto de interagir com pequenos objectos, o pequeno gremlin decidiu pensar em grande. E resolveu avançar determinado em direcção ao... carro do meu marido. Na ausência dele, está claro.
E eu, que até estou farta de conduzir o dito carro, de repente dei por mim perante uma condução emperrada e um travão hiperactivo. Para minutos depois ligar ao legítimo proprietário do veículo, ele atravessar meia cidade ao meu encontro e o carro voltar a funcionar normalmente.
E como se não bastasse o sorriso condescendente de que fui alvo, ainda tive de ouvir um "tens a certeza de que destravaste o carro...?" no final!
Se apanho o filho da mãe do duende, juro que ele vai ver o que é bom para a tosse.