domingo, 28 de junho de 2009

R.I.P. Michael Jackson

À semelhança de todos aqueles que nasceram nos anos 70 e que cantaram e dançaram ao som de Thriller e de Billy Jean, é óbvio que fiquei em estado de choque com a notícia da morte de Michael Jackson - e com uma vaga sensação de vazio pela perda daquele que, independentemente das opiniões (no meu caso, nunca fui grande fã), foi um ícone da música pop à escala mundial.

Ontem à noite a SIC transmitiu um documentário sobre esta estanha pessoa(rsonagem), no qual ficou claro, mais do que o talento (indiscutível) que sempre demonstrou, o enorme desequilíbrio de que sofria - e algumas das causas que lhe poderão ter estado subjacentes.

Dos 50 anos de idade com que morreu, 45 foram de carreira, facto que já diz muito sobre a sua vida. Filho de um pai interesseiro e cruel, que batia nos filhos com tudo o que tinha à mão (desde cintos a fios eléctricos) à mínima falha nos ensaios dos Jackson Five - e que gozava implacavelmente com a aparência de Michael, sobretudo devido ao seu (grande) nariz e à acne que o afectou na adolescência - era quase um milagre ter-se tornado um adulto normal. Sendo que o milagre nunca aconteceu.

Vivia numa espécie de redoma mas tinha um estranho prazer em ser apanhado fora dela; exibia uma cara completamente transfigurada mas jurava a pés juntos que só tinha duas feito duas plásticas ao nariz (por motivos respiratórios), sendo tudo o resto fruto da evolução natural; dizia que adorava crianças mas a verdade é que só escapou a uma condenação por assédio sexual porque chegou a um acordo financeiro com a família da criança em causa; dizia que vivia para os filhos mas não só soube privá-las das respectivas Mães, como as fechou no seu estranho mundo, onde (também) elas nunca poderiam(ão) ser normais.

Resta o facto de, pelo menos, ter morrido de forma coerente, a fazer mais uma plástica: neste caso, a esticar o pernil.

4 comentários:

PM disse...

Também eu não sou (era) fã das músicas... é como Queen, já chega!
Alguém diz às rádios deste país para os cortarem um pouco das playlist; começa a fartar!

No que toca à vida dele:
Foi um Black or White que muito cedo se tornou King of Pop e cuja vida foi um autêntico Thriller cheia de Dangerous episódios e cirurgias; quer queiramos ou não esteve presente One Day in your Life e ficará Forever na história da nossa adolescência...

Docinho disse...

Bom ou mau... vivo ou morto... será SEMPRE (e para sempre) uma lenda...
Não era grande fã... mas chocou-me a notícia... talvez porque eles pareçam SER imortais...

R.I.P.

Caroline disse...

ía escrever um comment como o de PM... LOL... mas ele já o fez... por isso subscrevo ;0)))

Quando a emissão interrompeu... fiquei em choque... corri para a CNN e senti-me velha... com o tempo a fugir...

foi-se o homem... mas desconfio que vá ficar o mito...

M disse...

n fiquei de luto...mas n deixa de ser uma parte da minha adolescência q fica "beliscada"

bj meu