
Hoje, fui almoçar com um amigo meu - que por acaso também é uma pessoa bastante conhecida e (consequentemente) perseguida pela imprensa. A ideia era, muito simplesmente, irmos almoçar a um sítio giro, pormos a conversa em dia e "darmos umas gargalhadas", como ele sempre diz.
O dia estava glorioso, a comida deliciosa e a conversa animada. Ou seja, tudo correu na perfeição, à excepção de um "pequeno" detalhe: o facto de termos passado a vida... a fugir aos fotógrafos. Que estavam à porta do restaurante (à espera de alguém em concreto ou de ninguém em especial, não sei). E que ainda lá estavam à saída. E que também estavam à entrada do local onde o meu amigo ia dar uma entrevista, logo a seguir.
Porque não tenho qualquer respeito pela imprensa cor-de-rosa, porque não preciso dela para me afirmar e (sobretudo) porque sou uma mulher casada - e que não quer aparecer nas capas das revistas como a última conquista do homem do momento -, fiquei incomodadíssima com toda esta situação.
E foi em passo acelerado, com os meus (grandes) óculos escuros postos, a cara no chão e o coração a bater depressa, que cheguei rapidamente a uma série de conclusões. Que não era capaz de viver assim. Que não percebo quem o faz. E (acima de tudo) que não compreendo quem o quer fazer.
Porque o anonimato é um dos privilégios mais menosprezados da actualidade.