terça-feira, 4 de setembro de 2012

Ainda a educação...


De acordo com o semanário Sol, o número de professores colocados no ano lectivo 2012/13 representa uma redução de 40,5 por cento face ao ano passado, a renovação de contratos caiu 43,5 por cento e as colocações para satisfazer necessidades transitórias (horário anuais, completos e incompletos) caíram 35,7 por cento.

À partida, estes números deixam-me absolutamente chocada (estamos a falar da educação das nossas crianças e jovens, do futuro do nosso País!), mas como confesso a minha total ignorância relativamente à forma como todo este processo se desenrola… alguém se importa de me explicar?!

Porque deve haver uma explicação lógica para estes números. Ou talvez não.

8 comentários:

Raquel Lourenço disse...

Olá Mary!
Não poderia deixar de comentar este post.
Também eu sou uma dos 43000 que ficaram de fora...
Se juntarmos o aumento do número de alunos por turma ao terminar do par pedagógico em EVT, ao abandono escolar, ao facto dos portugueses terem menos filho, descobriremos a razão para estes números...
Ainda haverá alguns horários a ser preenchidos. No entanto, ficaremos muitoooooos de fora este ano... =/

Rita Rosas disse...

Esses números devem-se principalmente às turmas com maior número de alunos. Este ano lectivo vão existir turmas com 30 alunos por oposição daquelas com 20 e poucos que seriam ideais. Essa foi mais uma medida deste Ministério da Educação que temos que quanto mais tenta combater o insucesso escolar mais o incentiva.
Saem todos a perder: os professor que ficam de fora por ficarem mais um ano no desemprego; os que mantiveram o seu lugar porque é completamente impossível darem a atenção devida a tantos alunos; e os próprios alunos, que recebem cada vez menos apoio no seu percurso escolar e torna-se muito mais difícil atingirem os objectivos e o aproveitamento escolar que se pretende.

Mónica disse...

Ha escolas que foram agrupadas, profs colocados a dae disciplinas que ha anos que nao leccionam, turmas gigantes (do mais anti pedagogico possivel) e mesmo com quebras de natalidade ha alunos "novos" saidos dos privados que chegam em barda ao publico. É uma trapalhada pegada. Faltam horarios, ha crianças minimas com cargas horarias pesadissimas que nao estimulam aprendizagem apenas criam problemas dr concentracao e libertacao de energia, é impossivel fazer trabalho de fundo e continuidade com turmas de 35 alunos que alguns profs só veem 1 vez por semana. É o investimento em manuais a cada ano. Sao escolas sem dinheiro para economato. Tudo errado na base

Mónica disse...

Da sociedade. Do pilar do que vamos ser. Sem estrategia, sem logica, sem nexo. Una anedota. Que mexe com a vida de milhares de pessoas

Mary disse...

Acabam de me alertar para um outro lado da questão: o facto de o número (global) de alunos estar a decrescer e o de professores a aumentar - tudo na casa dos dois dígitos.

Ainda assim, parece-me que (como a Mónica diz e bem) o problema é de raíz. E que todo o sistema devia ser repensado, a bem de todas as partes envolvidas.

Su disse...

Na Finlândia, que tem um dos melhores sistemas de ensino, há mais alunos por professor do que em Portugal e muito mais do que na Grécia. Por isso, se calhar este não é o problema...

O problema do ensino em Portugal é que, quando se fala nele, fala-se dos professores e não da razão pela qual eles existem e que devia ser o centro do sistema - os alunos.

Anónimo disse...

Pelo que ja um dia me explicaram tratou-se de aumentar o numero de alunos por turma mas sinceramente nao me parece esse o problema principal
Gosto muito do teu espaço.
Passa e visita o meu e tenta adivinhar que praia é aquela onde fui.
Beijos charmosos

m_m disse...

este assunto toca-me diretamente porque ambos os meus pais são professores. ambos com turmas cada vez maiores. claro q assim sobram professores, n é?
o meu pai é professor de educação tecnólogic (ET)há cerca de 20 anos, efetivo na escola.
agora o governo começa a achar q ET é irrelevante. e q deve desaparecer do horário. mas os professores de ET raramente são outras disciplinas - há outros professores para isso. portanto, q lhes resta? a reforma antecipada, ou a corrida ao desemprego? no meio, a incerteza atroz.